Relembrando um clássico: 8 curiosidades sobre Dino Crisis

Um dos clássicos mais amados entre a comunidade, Dino Crisis acabou marcando uma geração inteira de jogadores, os quais até hoje pedem a Capcom pelo retorno dessa franquia de dinossauros.

Com a franquia completando os seus 25 anos em 2024, decidimos aproveitar esse momento especial para homenagear esse jogo com um artigo, relembrando um clássico e trazendo 8 curiosidades sobre Dino Crisis.

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Dino Crisis coloca os jogadores no papel de Regina, uma agente especial com a missão de investigar uma misteriosa ilha onde está ocorrendo experimentos bizarros e dinossauros voltaram à vida.

Embora tenha começado como um jogo de sobrevivência contra dinossauros, a franquia possui fortes raízes na ficção científica, adicionando elementos como viagem no tempo e até mesmo viagem especial ao longo dos seus lançamentos.

Após dirigir o primeiro Resident Evil e assumir como produtor da sequência, o renomado desenvolvedor Shinji Mikami decidiu trabalhar em uma ambientação totalmente nova, mas ainda mantendo os mesmos aspectos que tornaram seu survival horror tão amado.

Enquanto Resident Evil traz uma proposta mais "terror trash" com zumbis, para Dino Crisis o diretor afirmou que buscava algo mais real, com ameaças que fugissem do elemento totalmente fantasioso.

Buscando inspirações nos filmes O Mundo Perdido - Jurassic Park e Aliens, Mikami acabou optando por trazer dinossauros como os principais inimigos do jogo. Para o diretor, essas criaturas eram fores e violentas, trazendo um senso de perigo ao jogador.

Outra forma que Mikami tentou se afastar de Resident Evil foi no estilo de terror. Ao invés de ser um jogo mais cadenciado, com combates espaçados, o diretor focou no que ele chama de "panic horror", onde os jogadores são a todo momento caçados para manter a adrenalina lá em cima.

Tendo começado o seu desenvolvimento em 1996, quase 3 anos antes do seu lançamento, Dino Crisis passou por diversas mudanças durante o seu desenvolvimento. O que era para ser inicialmente um jogo de sobrevivências na selva contra animais como gorilas e serpentes, acabou se transformando em uma aventura com dinossauros.

Na hora de criar Dino Crisis, uma das principais mudanças que a equipe pensou em relação a Resident Evil foi abandonar os cenários pré-renderizados. Nesse modelo, os ambientes do jogo são modelados com antecedência e colocados no jogo como imagem estáticas.

Com o seu jogo de dinossauros, Mikami quis adicionar cenários renderizados em tempo real. Isso não só permitiria uma maior interação dos personagens com o ambiente, mas também cenas de ação mais cinematográficas.

É claro que tal decisão veio com seus desafios, já que a equipe teve que lidar com as limitações do hardware da época, o que tornava especialmente difícil criar cenários muito detalhados.

Embora tiveram que abandonar algumas ideias para manter o projeto dentro do possível, a equipe conseguiu contornar outros problemas e considera que entregou ambientes suficientemente detalhados para o hardware que estava disponível.

Dino Crisis apresentou uma das personagens mais emblemáticas dos jogos. Regina, com seu cabelo ruivo e personalidade sarcástica, marcou uma geração de jogadores, sendo até hoje lembrada como um modelo de personagem feminina forte.

A personagem se tornou uma queridinha dos fãs, e apesar de ter estrelado em apenas dois jogos da franquia, ela chegou a aparecer em diversos outros títulos da Capcom, como Namco X Capcom e Dead Rising 3.

Regina não é a única protagonista da série. No segundo jogo ela dividiu o espaço com Dylan Morton, enquanto Dino Crisis 3 trouxe Patrick Tyler e outros personagens jogáveis, mas nenhum deles conseguiu a mesma popularidade da original.

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No quesito jogabilidade, Dino Crisis não fugiu muito do seu irmão mais velho. A movimentação funciona no estilo 'tanque', com Regina podendo ser movimentada para frente e para trás ou girada no próprio eixo, e as salas de salvamento também retornam.

Ainda assim, a equipe adicionou alguns elementos únicos para adaptar a jogabilidade ao novo estilo mais ação do jogo. Certas cenas exigem que o jogador pressione rapidamente os botões do controle para garantir que Regina saia viva ou minimizar o dano causado. Além disso, alguns ataques dos inimigos podem acabar fazendo com que a personagem derrube sua arma, trazendo um elemento de sobrevivência e pânico maior ao jogo.

A inteligência artificial dos dinossauros foi algo que a equipe também se focou bastante, trazendo algo bastante avançado para a época. O objetivo era fazer com que agissem de forma imprevisível e realista, parecendo realmente criaturas selvagens.

Dino Crisis 1 e 2 tiveram uma recepção extremamente positiva durante o lançamento. Os jogos foram elogiados por sua IA avançada, sua ação intensa e os visuais bonitos renderizados em tempo real. O título conseguiu se destacar, sendo mais do que um simples clone de Resident Evil e entregando uma abordagem diferente para o gênero survival horror.

Ambos os títulos também foram um sucesso comercial, alcançado excelentes vendas em todo o mundo. Tanto o primeiro jogo quanto sua sequência encontram-se atualmente na lista de títulos Platinum da Capcom, a qual cataloga todos os projetos da empresa que passaram de mais de um milhão de cópias vendidas.

Dino Crisis 3 infelizmente não teve a mesma recepção. Considerado até hoje como o patinho feio da série, o terceiro jogo foi extremamente criticado por trazer uma câmera problemática e quantidade muito limitada de inimigos. O jogo também teve vendas fracas, não conseguindo alcançar o 1 milhão de cópias vendidas, o que deve ter influenciado o fato da série estar até hoje na geladeira.

Além de ter gerado duas sequências, a franquia ainda recebeu outros spin-offs. A protagonista Regina também apareceu em diversas outras série da Capcom, além do clássico traje dela ser um bônus em muitos títulos.

Até hoje muitos fãs continuam pedindo por um novo jogo da franquia, fazendo com que qualquer jogo de dinossauro atual seja instantaneamente comparado com o título da Capcom. Alguns desenvolvedores até mesmo surfam nesse hype, tentando preencher o vazio deixado.

Não seria uma lista de 8 curiosidades sobre Dino Crisis se não trouxéssemos alguns fatos interessantes a respeito do jogo, desde um terceiro jogo totalmente diferente até personagens removidos.

Ao invés do Dino Crisis 3 que recebemos, com um cenários mais futurista e foco na ação, o objetivo inicial era levar a franquia para uma grande cidade infestada por dinossauros, seguindo o mesmo caminho que Resident Evil. Infelizmente tais planos acabaram sendo cancelados.

Uma mudança realizada durante o desenvolvimento foi que Regina originalmente teria um parceiro romântico. Alex seria um personagem que passaria o jogo todo tentando conquistá-la, para no final eles acabarem se beijando. A ideia acabou sendo descartada no final.

O que muitos também não sabem é que Dino Stalker, o jogo lançado em 2002 pela Capcom, é na verdade um título da franquia Dino Crisis. Embora com um gameplay totalmente diferente, sendo em primeira pessoa e fazendo uso do controle 'Light Gun', o jogo se chamava Gun Survivor 3: Dino Crisis no Japão e dava continuidade à história do segundo jogo da franquia.

Infelizmente ainda não há nada certo quanto ao futuro da franquia. Com a Capcom já tendo lançado remakes dos principais Resident Evil, muitos fãs estão na expectativa que Dino Crisis seja o próximo a receber o mesmo tratamento.

O anúncio de Exoprimal alguns anos atrás certamente deixou muitos fãs furiosos, com o trailer tendo apresentando um jogo de dinossauros com uma personagem ruiva, mas sem relação com Dino Crisis e sendo totalmente focado no multiplayer. De acordo com a Capcom, Exoprimal nunca foi pensado como um novo Dino Crisis

Ainda assim, há esperança. Em uma pesquisa feita em abril de 2024 pela Capcom, o jogo Dino Crisis acabou sendo o mais requisitado pelos fãs. Só nos resta agora torcer para que a empresa dê ouvidos.